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NÚCLEO MEMÓRIA

Atividades núcleo memória |   Sábado Resistente debate o totalitarismo do passado e de hoje

Foi realizado no último dia 27, o quarto Sábado Resistente do ano, que teve como enfoque Totalitarismos no século XX: Nazismo, Fascismo e Integralismo. O evento foi de forma híbrida (presencial e online), com transmissão através dos canais do Youtube do Núcleo Memória @nucleomemoria, Canal do Youtube do Memorial da Resistência @memorialdaresistenciasp e do Tutaméia @tutameiaTV. Você pode conferir a edição completa no link.

Como forma de lançar luz ao tema do totalitarismo e seus reflexos na sociedade atual, que vão desde as notícias falsas até a onda de violência nas escolas brasileiras, participaram do debate três professores especialistas no assunto: Leandro Pereira Gonçalves, da Universidade Federal de Juiz de Fora, do professor Flávio de Leão Bastos Pereira, da Universidade Mackenzie, e Luciane Bonace, pesquisadora e Pós-Doutora pela Universidade de São Paulo.

A primeira fala foi do professor Leandro Pereira, que a partir da tentativa fracassada de criação do partido Aliança Brasil, em 2019, criou paralelos entre o integralismo e os últimos 6 anos que o país viveu. Amplificando o debate, o professor esmiuçou aspectos culturais, morais e ideológicos do integralismo, que iam desde a inserção de mulheres no movimento, passando pelo lugar do esporte e a função da religião no movimento.

Em seguida, o professor Flávio Leão Bastos falou do crescimento do nazismo na Alemanha, partindo da crise econômica, como desemprego e inflação, passando pela política, até sua institucionalização. “Os nazistas marchavam uma estética totalitária e tudo isso impressionava a juventude da época. A Alemanha com baixa autoestima da época se via renascendo, mas, é claro, a base ideológica não se fazia clara. A implantação de medidas totalitárias foi gradativa e nem sempre perceptível a todo momento”, comentou o especialista.

Fechando as três falas iniciais, a professora Luciane Bonace apontou aspectos da infância e resistência na Alemanha nazista, pensando nas tramas do totalitarismo na juventude e conectando o passado aos aspectos vividos na contemporaneidade. A professora apontou o processo de desumanização e como as questões políticas da época atacavam a subjetividade da juventude violentada pelo autoritarismo.

Por fim, foi realizada uma série de provocações feitas pelo mediador, professor Oswaldo de Oliveira Santos Junior, e pelo público online e presente.

O Sábado Resistente é uma das atividades culturais mais longevas da cidade de São Paulo, sendo realizada desde 2008. O próximo será realizada no dia 17/06, às

14h, com o tema: Extremismos na contemporaneidade: cultura do ódio e intolerância nas redes sociais. 

 


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