Sábado Resistente - 50 anos de DOI-Codi. 10/08/2019. Fotos: Oswaldo Santos-Junior/NM
Sábado Resistente: 50 anos do DOI-Codi
O debate sobre os 50 anos do DOI-Codi reuniu mais de 200 pessoas no auditório do Memorial da Resistência de São Paulo, no dia 10 de agosto.
No último Sábado Resistente, dia 10 de agosto, o Núcleo de Preservação da Memória Política em parceria com o Memorial da Resistência de São Paulo, realizou um debate lembrando os 50 anos da criação do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna), órgão expoente da repressão em São Paulo e em outros Estados, durante os anos da ditadura civil-militar.
O evento contou com um público de mais de 200 pessoas, atingindo a lotação máxima do auditório, e foi transmitido ao vivo para as redes sociais, permitindo a multiplicação da audiência. O registro deste Sábado Resistente está disponível neste link [ https://bit.ly/304zrxj ].
A grande audiência teve a oportunidade de presenciar e participar de exposições de alta qualidade por parte dos debatedores convidados: o jornalista Marcelo Godoy, a professora Mariana Joffily, o ex-preso político Artur Scavone e a historiadora Deborah Neves, que expuseram os detalhes da formação deste órgão repressivo e o modo de atuação de seus integrantes. Aproveitou-se o debate para também expor os anseios da sociedade pela conquista de mais um Lugar de Memória para a cidade de São Paulo, justamente no espaço tombado pelo Estado na Rua Tutóia, onde ficavam as dependências deste terrível órgão de repressão política.
O debate promovido neste sábado, com a presença de tão numeroso público, provou a necessidade de desmistificar o negacionismo e a onda revisionista que lamentavelmente tem tomado conta do país nos últimos anos, em que memórias tão dolorosas e essenciais para o entendimento dos valores democráticos tornaram-se alvo de ataques e de desumanização. Demonstrou também que a sociedade civil e seus representantes estão atentos para que a impunidade, que protegeu os torturadores e assassinos da época da ditadura, seja sempre alvo de questionamento, para evitar a repetição de atos graves lesivos aos Direitos Humanos
Resistant Saturday: 50 Years of DOI-Codi
The debate on DOI-Codi´s 50th anniversary brought together more than 200 people at the São Paulo Resistance Memorial auditorium on August 10th.
Last Sábado Resistente, on August 10th, Núcleo Memória in partnership with Memorial da Resistência de São Paulo, held a debate recalling the 50th anniversary of the creation of DOI-Codi (Detachment of Informational Operations – Center of Internal Defense Operations), exponent organ of repression in São Paulo and other states during the years of civil-military dictatorship.
The event was attended by over 200 people, reaching the auditorium maximum capacity, and was broadcasted live to sociais networks, multiplying the audience.This Sábado Resistente record is available [ https://bit.ly/304zrxj ].
The large audience had the opportunity to witness and participate in high-quality exhibitions by guest debaters: Journalist Marcelo Godoy, professor Mariana Joffily, former ex-political prisoner Artur Scavone, and historian Deborah Neves, who presented details of the formation of this repressive organ and the action mode of its members. The debate was also used to expose the will of civil society for the edification of another Place of Memory for the city of São Paulo, precisely in the space tumbled by the State on Tutóia Street, where were located the dependencies of this terrible organ of political repression.
The debate promoted on this Sábado, with the presence of such a large audience, proved the need to demystify the negationism and the revisionist wave that has sadly taken over the country in recent years, in which so painful and essential memories for understanding the values of Democracy have become the target of attacks and dehumanization. It has also shown that civil society and its representatives are vigilant towards impunity, which protected the torturers and murderers of the dictatorship era, which is always being questioned in order to avoid the repetition of serious harmful acts to human rights.
