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NÚCLEO MEMÓRIA

Atividades núcleo memória |   Nota de falecimento: Virgílio Lopes Enei

Faleceu no dia 11 de dezembro, Virgílio Lopes Enei. Nossa homenagem e sentimentos de pesar aos familiares e amigos. Virgílio se destacou na defesa presos e perseguidos políticos que se tornaram réus nos tribunais militares, acusados de infringir a Lei de Segurança Nacional. Em São Paulo, Virgílio foi um dos primeiros a advogar para presos políticos, auxiliando os seus clientes a enfrentar o aparato repressivo de estado implementado em 1964. Defendeu diversos casos, como o do líder do Partido Comunista do Brasil, Luís Carlos Prestes e da ex-presidenta Dilma Rousseff que militou na organização armada, VAR-Palmares.

Nascido em 01 de agosto de 1944, no município de Itapetininga, interior do estado de São Paulo, Virgílio mudou-se para a capital paulista para cursar Direito na Universidade de São Paulo em 1964. No segundo ano da graduação, começou a defender presos e perseguidos políticos no escritório de Aldo Lins e Silva. Entre os anos de 1965 e 1977, atuou nas Auditorias Militares de São Paulo e também advogou em outros estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais. Seu último grande caso na defesa de presos políticos foi o do Partido Comunista do Brasil. Posteriormente, passou a atuar em processos menores. Em 2015, foi testemunha de acusação na denúncia do Ministério Público Federal contra o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, em relação ao sequestro de Edgard de Aquino Duarte.

Em 2017, Virgílio concedeu uma entrevista ao Núcleo Memória para o projeto de implantação do Memorial da Luta por Justiça, museu que funcionará no prédio das antigas Auditorias Militares de São Paulo na Brigadeiro Luiz Antonio. A entrevista, provavelmente um de seus últimos depoimentos, está disponível para o público. Basta entrar em contato conosco pelo email pesquisa@nucleomemoria.com.br.


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