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NÚCLEO MEMÓRIA

Atividades núcleo memória |   II Ciclo de Cinema estreia com filme sobre a participação dos EUA na ditadura brasileira

Foto: Gabriela Beraldo

O II Ciclo de Cinema “Milton Bellintani” Justiça e Direitos Humanos – evento promovido pelo Núcleo de Preservação da Memória Política e pela OAB-SP - estreou no último sábado (20/08) com a exibição do filme “O dia que durou 21 anos”, do diretor Camilo Tavares, que marcou presença no evento. O público ocupou a antiga sala de julgamentos do prédio onde um dia foi a auditoria militar, responsável pela condenação daqueles que cometiam atos contra a ditadura civil-militar, e que se tornará em breve o Memorial da Luta pela Justiça.

 

 

O longa busca analisar os aspectos da contribuição dos Estados Unidos para o sucesso do golpe de 1964 e seu posterior apoio à manutenção da ditadura civil-militar instaurada. Após a exibição do documentário, o diretor contou sobre o processo de produção, que envolveu uma viagem aos Estados Unidos, onde, beneficiado de uma lei de acesso à informação local, teve contato com documentos, cartas, gravações e outros materiais da época, antes considerados segredos de Estado. Na viagem, Tavares foi acompanhado de seu pai, Flávio Tavares, que é ex-preso político. Ele foi libertado junto com outros 14 prisioneiros em troca do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, sequestrado pelos grupos armados MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro) e ALN (Ação Libertadora Nacional). O episódio é um dos temas abordados em “O dia que durou 21 anos”.

 

 

 

Foto: Gabriela Beraldo

 

Participaram também do debate o diretor do Núcleo Memória e ex-preso político Maurice Politi e Raquel Marques, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP. O público, que incluía muitos advogados e estudantes de Direito, se interessou em discutir a necessidade de se levar o tipo de informação contra hegemônica, veiculada no documentário, ao maior número de pessoas possíveis. Além disso, foi levantado também a característica atual do filme em relação ao momento que vivemos e os legados da ditadura que ainda podemos ver, como a impunidade criada pela Lei da Anistia.

 

 

 

O debate: Camilo Tavares, Maurice Politi e Raquel Marques. Foto: Gabriela Beraldo

 

O II Ciclo de Cinema “Milton Bellintani” Justiça e Direitos Humanos exibirá um filme no terceiro sábado de cada mês até o dia 10 de dezembro. O próximo filme é “O caso dos irmãos Naves”, que será exibido no dia 17 de setembro, no prédio do futuro Memorial da Luta pela Justiça.

 

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