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NÚCLEO MEMÓRIA

Atividades núcleo memória |   Com mais de cem pessoas, Sábado Resistente discute o papel das empresas na ditadura

Foto: Gabriela Beraldo

No último sábado, dia 27 de agosto, se reuniram no Memorial da Resistência, em mais um Sábado Resistente, representantes de diversas frentes de trabalhadores para se discutir o papel das empresas que apoiavam a ditadura e as ações que estão sendo tomadas em relação a elas. Na mesa de debate, mediada pelo diretor do Núcleo Memória Oswaldo Oliveira, estavam Rosa Maria Cardoso, Sebastião Neto, Adriano Diogo, Aderson Bussinger e Murilo Leal.

 

Em sua fala, Rosa Maria, como presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, expôs as ações da Comissão na investigação das empresas atuantes na ditadura e na busca de garantir os direitos dos trabalhadores. Em dado momento, ela reiterou sobre os custos de se militar politicamente, o que exclui muitos trabalhadores, mas afirma que essa classe sabe que é a primeira afetada quando grupos de elite assumem o poder, como ocorre no atual momento político brasileiro. Ainda sobre os dias de hoje, Adriano Diogo comentou sobre como os quatro anos de trabalho nas Comissões da Verdade em que atuou (Comissão da Verdade “Rubens Paiva” da Assembleia Legislativa de São Paulo e Comissão da Verdade da Prefeitura de São Paulo) parecem esquecidos quando o golpe de 2016 é apoiado pelas grandes empresas.

 

 Foto: Gabriela Beraldo

 

Bussinger aproveitou sua fala para acusar a pauta das empresas na ditadura como a mais atrasada no Brasil. Com sua experiência como Assessor do Sindicato de Petroleiros do Rio de Janeiro e de Sergipe, informou sobre como a Petrobrás, durante a ditadura civil-militar, possuía mecanismos próprios internos para captura de perseguidos políticos, como sindicalistas.  

 

Por último, Sebastião Neto, secretário-executivo do “GT-13” da Comissão Nacional da Verdade e diretor do IIEP, e Murilo Leal, presidente da Comissão da Verdade de Osasco, expuseram o resultado de seus trabalhos na busca por Justiça para os trabalhadores injustiçados durante o período da ditadura civil-militar.

 

O debate com a plateia de mais de cem pessoas focou principalmente na exposição da própria experiência dos presentes e também na busca por soluções práticas para os problemas enfrentados na busca por dados oficiais sobre as empresas na ditadura.


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